«Quem és tu?, tento murmurar, mas estou num quarto vazio, sem ninguém, porque vi pelas nesgas dos seus olhos que nada havia por detrás - nada que eu pudesse reconhecer. Algo, seguramente lá estaria, mas nós só conseguimos ver aquilo que reconhecemos, para o qual temos uma palavra. Para aquilo não havia, seguramente, palavras.»
***
«De tudo o que vi - nada é o que quero. De tudo o que senti, nada é o que sobrou - e nada é o que quero repetir. Estou desapaixonado de tudo e de mim.»
(Miguel Gullander, Perdido de Volta)
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