Estou a precisar de me tornar independente, estou a precisar de crescer e procurar o equilíbrio físico e emocional que está perdido há mais de 1 ano.
Não quero com isto dizer que estou perdida e que não sei com o que contar, mas acho que está a faltar qualquer coisa no meu interior que me complete.
Mudei muito no último ano e muito depressa e, não sei porquê, não gosto muito da pessoa em que me estou a transformar. Aliás, acho que ainda não me habituei a ela. Tem pouco a ver com a pessoa que eu era.
Numa palavra cresci. Cresci para a vida, cresci para o amor e cresci para a dor. E foi o amor e a dor que o próprio amor me causou que me fez crescer, que transformou a menina alegre e despreocupada, que eu encontrava todas as manhãs no espelho, na mulher um pouco amargurada e ponderada, que agora teima aparecer todas as manhãs diante do mesmo espelho. Cada dia reparo que a mulher está cada vez mais a apagar a imagem da menina que eu era.
Dizem-me que isto é viver, que isto é crescer, mas eu não quero que as coisas sejam assim. Quero ter mais responsabilidades só que não quero perder a minha ingenuidade. Quero crescer, mas não quero perder a alegria de criança. Quero tudo isso, mas cada dia que passa torna-se mais e mais difícil manter-me intacta e pura às adversidades da vida.
Sinto-me envelhecer e eu não quero. 'NÃO QUERO, NÃO QUERO, NÃO QUERO'. Grito em pensamento, recordando-me que há uns anos havia lugar para birra, cruzar de braços e amuo por largas horas após gritar a plenos pulmões a mesma frase. Mas não quero envelhecer porque tenho medo de morrer. Tenho medo de morrer e de não ter conseguido fazer algo de notável que faça com que os outros não mais se lembrem de mim quando desaparecer desta vida.
Quero viver eternamente. Não na eternidade da minha vida e do meu tempo, mas na eternidade da humanidade. Quero este impossível como quase tudo o que sempre quis na vida: sonhei o impossível, amei o impossível, mas não consigo viver o impossível.
Há qualquer coisa em mim que é mais forte e não me deixa seguir livremente o curso da minha vida. Quero que ela se torne verde, mas não consigo sair do azul. Também não me esforço para mudar, parece que espero que as coisas mudem e aconteçam sozinhas.
Esqueço-me que só é assim quando queremos muito e fazemos muito para que as coisas aconteçam, não sozinhas, mas naturalmente. Temos de ser nós a fazer com que as coisas aconteçam naturalmente. Temos de criar as condições, temos de lhes indicar o caminho, criando a estrutura para que se possam desenvolver de acordo com aquilo que mais queremos.
Passo a vida a dizer isso, mas quando chega o momento de agir, de estruturar as coisas, todos os meus planos vão pelo ar. Desaparecem como um nuvem desaparece depois de chover. Mas em vez de tornar o ar mais limpo torna-o mais torpe, mais sufocante.
Sufocada é como eu me sinto quando não consigo reagir de acordo com o que penso e quero.
Não quero com isto dizer que estou perdida e que não sei com o que contar, mas acho que está a faltar qualquer coisa no meu interior que me complete.
Mudei muito no último ano e muito depressa e, não sei porquê, não gosto muito da pessoa em que me estou a transformar. Aliás, acho que ainda não me habituei a ela. Tem pouco a ver com a pessoa que eu era.
Numa palavra cresci. Cresci para a vida, cresci para o amor e cresci para a dor. E foi o amor e a dor que o próprio amor me causou que me fez crescer, que transformou a menina alegre e despreocupada, que eu encontrava todas as manhãs no espelho, na mulher um pouco amargurada e ponderada, que agora teima aparecer todas as manhãs diante do mesmo espelho. Cada dia reparo que a mulher está cada vez mais a apagar a imagem da menina que eu era.
Dizem-me que isto é viver, que isto é crescer, mas eu não quero que as coisas sejam assim. Quero ter mais responsabilidades só que não quero perder a minha ingenuidade. Quero crescer, mas não quero perder a alegria de criança. Quero tudo isso, mas cada dia que passa torna-se mais e mais difícil manter-me intacta e pura às adversidades da vida.
Sinto-me envelhecer e eu não quero. 'NÃO QUERO, NÃO QUERO, NÃO QUERO'. Grito em pensamento, recordando-me que há uns anos havia lugar para birra, cruzar de braços e amuo por largas horas após gritar a plenos pulmões a mesma frase. Mas não quero envelhecer porque tenho medo de morrer. Tenho medo de morrer e de não ter conseguido fazer algo de notável que faça com que os outros não mais se lembrem de mim quando desaparecer desta vida.
Quero viver eternamente. Não na eternidade da minha vida e do meu tempo, mas na eternidade da humanidade. Quero este impossível como quase tudo o que sempre quis na vida: sonhei o impossível, amei o impossível, mas não consigo viver o impossível.
Há qualquer coisa em mim que é mais forte e não me deixa seguir livremente o curso da minha vida. Quero que ela se torne verde, mas não consigo sair do azul. Também não me esforço para mudar, parece que espero que as coisas mudem e aconteçam sozinhas.
Esqueço-me que só é assim quando queremos muito e fazemos muito para que as coisas aconteçam, não sozinhas, mas naturalmente. Temos de ser nós a fazer com que as coisas aconteçam naturalmente. Temos de criar as condições, temos de lhes indicar o caminho, criando a estrutura para que se possam desenvolver de acordo com aquilo que mais queremos.
Passo a vida a dizer isso, mas quando chega o momento de agir, de estruturar as coisas, todos os meus planos vão pelo ar. Desaparecem como um nuvem desaparece depois de chover. Mas em vez de tornar o ar mais limpo torna-o mais torpe, mais sufocante.
Sufocada é como eu me sinto quando não consigo reagir de acordo com o que penso e quero.
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