tag:blogger.com,1999:blog-75687336174792371092024-02-20T23:44:35.182+00:00PORQUE ME APETECE...ESCREVO<center><br>O QUE FUI, O QUE SOU, O QUE SEREI, O QUE NUNCA FUI E O QUE NÃO QUERO SER. UM EXERCÍCIO?<br>SIM, SEM SOMBRA DE DÚVIDAS. UM EXERCÍCIO DE ESCRITA, DE IMAGINAÇÃO E EVASÃO.<br>
TUDO PORQUE ME APETECE.<br><br></center>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.comBlogger46125tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-5999224624292880132010-06-30T21:18:00.001+01:002010-06-30T21:18:22.724+01:00A Saudade Revela-se...<div style="text-align: center;">Quando tomamos consciência que o vazio e o silêncio que medeiam</div><div style="text-align: center;">o momento em que dizemos adeus e o momento em que voltamos a nos encontrar,</div><div style="text-align: center;">nunca conseguem ser preenchidos.<br />
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</div>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-77302264864197256272010-06-14T16:54:00.000+01:002010-06-14T16:54:57.451+01:00Da Felicidade<div align="center">Happiness is like a butterfly;</div><div align="center">The more you chase it,</div><div align="center">The more it will elude you,</div><div align="center">But if you turn your attention to other things,</div><div align="center">It will come and sit softly on your shoulder...</div><div align="center"><br />
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</div>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-43878280106824026632010-05-31T00:04:00.001+01:002010-05-31T02:11:08.803+01:00AcabouO fim deixou marcas, claro que deixou. Dizer adeus custa sempre muito.<br />
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Mágoas do que se passou não ficaram. Apenas uma ponta de tristeza por perceber o que querias, não o fazeres e ter de ser eu a dar o primeiro passo para 'forçar' ouvir-te dizer acabou - a decisão há muito que já estava tomada na tua cabeça fazendo-se notar em cada palavra dita e não dita e em cada gesto, mesmo que suspenso.<br />
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Esta tua indecisão deixou-me a sensação de que irias embora sem dizer nada, como se contasses que o afastamento ou alteração de hábitos fossem suficientes.Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-68802543014441577152010-05-30T13:48:00.000+01:002010-05-30T13:48:47.847+01:00Vazio...<div style="text-align: center;">É o que vem-me ocupando os sentimentos.</div><div style="text-align: center;"><br />
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</div>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-18303087717509678122009-06-07T22:08:00.003+01:002009-06-07T22:12:43.795+01:00Devaneios (7)Falta pouco, falta muito pouco.<br /><br />Para quê?<br /><br />Logo se vê...<br /><br><br>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-27300811274594830912009-03-08T18:54:00.003+00:002009-03-08T19:18:34.482+00:00Desperdícios?<div align="justify">Há dias, num desabafo de uma amiga sobre afectos, relacionamentos e sentimentos, uma simples pergunta ficou gravada no meu ouvido, como se de um subtil pedido de ajuda se tratasse:<br /><br /><span style="color:#ffffff;">- O que é que faço a tudo isso que sinto? Pego e deito fora? Já não serve para nada.<br /></span><br />Paralizei face ao sarcasmo usado para tentar iludir os sentimentos. E enquanto pensava se deveria responder ela continuou:<br /><br /><span style="color:#ffffff;">- Eu não quero isso. Eu quero viver tudo isto que sinto...<br />- Quero porque estava a sentir-me viva e com vontade de viver algo assim...<br />- E de repente... Tudo acaba? Tem de acabar?<br />- ... Ainda nem tinha começado...<br />- Sinto-me estúpida por não me conseguir controlar.<br /></span><br />Olhei para ela depois de ter resolvido responder, ganhando tempo para pôr a cabeça em ordem. Mas o que saiu foi estúpido:<br /><br /><span style="color:#00cccc;">- Isso passa, está descansada que isso passa. Já passei pelo mesmo.</span><br /><br />BOLAS!! Só depois de ouvir o que disse é que me apercebi da m#$%a que tinha feito. Minimizei os sentimentos dela.<br /><br />Não consegui fechar a boca a tempo. O mal foi feito.<br /><br />Ela calou-se e eu acabei por fazer o mesmo, tentando perceber o que se estava a passar. Comigo, não com ela, pois isso está bem claro.<br /><br />Ela está perdidamente apaixonada e não é correspondida.<br /><br />Agora encontra-se numa encruzilhada onde a razão e a emoção disputam o lugar cimeiro. Sente-se perdida e confusa por não reconhecer como dela o reflexo que o espelho mostra. Sente-se cansada por não conseguir calar as vozes da razão e da emoção que lhe vão dizendo, de forma contraditória, o que fazer com tanto sentimento. Não tem fome, nem forças para se alimentar. Tem sono, mas não consegue dormir. Tem medo da sua vontade de sentir, tem medo de vir a viver estes sentimentos com 'um alguém', que não é 'o alguém' que os fez nascer.<br /><br />Além do mais precisa de expressar tudo o que sente, tudo o que fez, quis fazer e não fez, para conseguir obter uma resposta lógica a tudo o que se passa e desta forma descobrir o que tem de fazer para acabar com o sofrimento. Mesmo sabendo que é improvável isso acontecer, tem que encontrar algo a que se agarrar.<br /><br />Mas e comigo? O que se passa comigo?<br /><br />Não me ter conseguido colocar no lugar dela confundiu-me. Para mim, pelo menos de momento, toda esta dramatização (natural) de sentimentos não faz sentido. Sei, por experiência própria, que o tempo se encarrega de apaziguar os sentimentos, mas também sei, por esta mesma experiência, que quando os sentimentos estão em ebulição não é isso que queremos ouvir.<br /><br />Sei o quão violento é não nos reconhecermos, acharmo-nos vazios e completamente diferentes do que sempre fomos. Mas sem quê, nem porquê a minha reacção foi de uma frieza preocupante. E isso fez virar o meu pensamento para mim.<br /><br />Apesar de me estar a sentir bem na minha pele e de estar em equilíbrio emocional, dei conta que tenho saudades de estar em conflito com os meus sentimentos, de me sentir um pouco mais viva, mais confusa, de sair deste equilíbrio emocional confortável que o apaziguar de sentimentos antigos me trouxe, deixando para trás a cómoda cadeira do "na'tece". Tenho que perder o receio de voltar a viver experiências que despertam sentimentos que sei não poder controlar.<br /><br />Tenho muitos desabafos, desta época de desequilíbrio. Desabafos tão viscerais que ainda hoje mexem comigo. Mas não servem de nada. Os sentimentos dos outros não nos dizem nada, porque não são por nós vividos. Mas deixo um pequeno recado, para ela e muito mais para mim.<br /><br />Vive cada sentimento como sendo único. Sente-o como um todo, porque terás uma única oportunidade de o sentir assim. Os dias vão passar, uns menos maus, outros maus, outros muito maus e outros pessimamente maus. Haverá semanas em que te sentirás a 100% e pronta para enfrentar o mundo, outras em que só vais querer fugir, outras ainda em que quererás dormir para só acordar quando a dor e saudade passarem.<br /><br />Sem dares conta, os dias passaram a semanas, as semanas a meses e os sentimentos arrefeceram.<br /><br />'O alguém' deixa de fazer sentido, deixa de ser 'o alguém' por quem te apaixonaste e sofreste. Está diferente, assim como tu também estás. Esta tomada de consciência, mais uma vez vai reacender sentimentos contraditórios, mas agora, se calhar, por não mais de 5 minutos. Já que te apercebeste que o tempo passou e tudo mudou: o sentimento foi apreendido, o sofrimento apaziguado, a mágoa apagada e a tua vontade renascida.<br /><br />Cresceste, encerraste uma fase e iniciaste outra. a raiva e o descontrolo passaram, transformando-se em paz interior.<br /><br />O que sentes já não serve de nada? Serve, serve para ver que nada se perde...</div>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-43646982219783429962009-01-31T18:19:00.002+00:002009-01-31T18:25:02.904+00:00Estranhos<div align="justify">Conhecemo-nos de um modo pouco usual. Tudo o que aconteceu foi pouco 'ortodoxo'. Entrámos num jogo de palavras que, sem nada dizerem, tudo diziam. As reticências eram mais que muitas, assim como as interpretações tiradas. Alimentámos esta partida durante algum tempo e com bastante entusiasmo.<br /><br />Acabámos por nos encontrar naquele que poderia ter sido o nosso primeiro desencontro. Não foi, por pouco. E valeu a pena.<br /><br />A pessoa que se apresentou a mim era em quase tudo diferente da pesssoa que o nosso jogo de palavras me tinha apresentado. Fiquei fascinada com este choque de personalidades e, como amante de jogos psicológicos, quis descobrir qual era a dominante.<br /><br />A minha avidez pela descoberta, levou-me a forçar um segundo encontro. Impus-me na tua vida como nunca havido feito antes. Este nosso novo encontro foi estranho.<br /><br />Deixei de lado grande parte da subtileza que, até aqui, tinha regrado os nossos jogos. Confesso que até ao último instante, não sabia se apenas te queria aliciar a vir ao meu encontro ou se queria mesmo ir até ao fim.<br /><br />Não sei o que se passou comigo, mas o medo levou-me a agir e ao agir voltei a sentir-me viva. O sangue fervilhava em cada centímetro do meu corpo. Com o despertar do desejo e a chegada do prazer a respiração alterava-se e o ritmo cardiaco acelerava.<br /><br />Gostei... E detestei.<br /><br />Detestei pela estranheza do meu comportamento e pela impulsividade e insensatez dos meus actos. Fiquei incomodada, mas com o passar do tempo classifiquei a minha atitude como uma afirmação de mudança.<br /><br />Não estar ciente e crente na mudança fez-me entrar neste jogo contigo.<br /><br />Não confiar no vingar da mudança levou-me a alimentar esta nossa forma de estar (nada de procurar um envolvimento sério, só encontros sexuais furtuitos).<br /><br />Aceitar a mudança fez-me ver que estas já não eram as regras que eu queria seguir. Tu nada quiseste mudar. Não havendo como impor novas regras, o nosso jogo foi interrompido.<br /><br />No final, pouco, ou mesmo nada, descobri sobre ti. Mas isso já não tinha qualquer importância para mim.<br /><br />Desapareceste da minha vida, sem rasto. </div><br><br><br>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-87326452939289778632008-12-26T03:28:00.002+00:002008-12-26T03:41:04.394+00:00Li Num Livro... E Gostei (4)<div align="justify">«Quem és tu?, tento murmurar, mas estou num quarto vazio, sem ninguém, porque vi pelas nesgas dos seus olhos que nada havia por detrás - nada que eu pudesse reconhecer. Algo, seguramente lá estaria, mas nós só conseguimos ver aquilo que reconhecemos, para o qual temos uma palavra. Para aquilo não havia, seguramente, palavras.»</div><div align="center"><br /></div><br /><div align="center"><strong>***</strong></div><div align="justify"><br /><br /></div><div align="justify">«De tudo o que vi - nada é o que quero. De tudo o que senti, nada é o que sobrou - e nada é o que quero repetir. Estou desapaixonado de tudo e de mim.»<br /><br /><br /><br /><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="right"><span style="color:#cc0000;">(<strong>Miguel Gullander</strong>, <em>Perdido de Volta</em>)</span></div>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-25911362897515870522008-12-18T00:41:00.000+00:002008-12-18T00:43:44.772+00:00O Meu Sonho<div align="justify">Vou à janela e enquanto espero a noite chegar vejo a paisagem dourada que se estende à minha frente. Neste momento de final de tarde o tempo parece parar. Tudo é calmo e sereno, com uma musicalidade que nos faz sonhar, que nos faz ansiar ainda mais pela noite.<br /><br />Chamo o anjo da noite, aquele que cura todos os males. Que me faz esquecer o dia, a realidade e tudo o que tem de aborrecido. Fico feliz quando o sinto chegar. O sonho vem sempre atrás.<br /><br />É no sonho que liberto todas as minhas amarras. Liberto a minha mente de medos e preconceitos.<br /><br />O sonho é como uma realidade à parte. Todos temos uma e não a partilhamos. É uma realidade que vivo sozinha, onde exprimo todas as minhas emoções, sentimentos e onde as frustrações não existem. Nele nada é proibido.<br /><br />No entanto, é uma realidade interrompida a cada dia pelo despertador, pela moral, pelo dever e pela obrigação de ter de conviver na realidade por todos partilhada.<br /><br />No sonho não existe noção de tempo. Vive-se para o presente. é um momento infinito e indeterminado. É um espaço único e livre. Só meu, onde sou o seu centro. Tudo gira à minha volta. O que importa sou eu, as minhas sensações e as minhas emoções.<br /><br />Mesmo não estando presente, no sonho há algo que invariavelmente se refere a mim. Pode ser uma subtileza, um pequeno objecto, uma característica física, mas é algo que é um exclusivo meu. Algo que torna o sonho no 'meu sonho'.<br /><br />O instante em que acordo é o mais triste para mim, pois neste momento tudo o que se passou durante a noite desaparece. Chega o anjo da manhã, aquele que nunca chamo, e faz-me esquecer tudo o que sonhei.<br /><br />Penso na vida e nas possibilidades que a recordação de um sonho me pode trazer. Tento recordar o que sonhei, mas surge sempre na minha mente um enorme buraco negro, vazio e perturbante, que me leva a pensar, por breves instantes que estou perdida na loucura que assola o mundo.<br /><br />Olho uma vez mais pela janela a ver se a noite já chegou e descubro que chegou o dia e a paisagem azul e branca da manhã.</div><br><br><br>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-19280010744597188462008-11-13T00:10:00.007+00:002008-11-17T22:40:10.094+00:00Li Num Livro... E Gostei (3)<div align="justify"><strong>«Qualquer Encruzinhada é um local do maior perigo, pois todas as direcções, </strong><strong>excepto uma, estão erradas.»</strong></div><br /><br /><br /><div align="right"><span style="font-size:85%;color:#cc0000;"><strong>(Miguel Gullander,</strong> <em>Perdido de Volta</em><strong>)</strong></span></div><br><br>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-87054579209617376942008-11-06T15:39:00.003+00:002008-11-06T15:49:04.356+00:00Espera, Procura e Desespero<div align="justify">Espero encontrar algo que não tenho, mas quero. Algo que quero mas não sei se sei o que é. Quero definir prioridades. Conseguir definir o que quero ou, pelo menos, saber o que não quero.<br /><br />Não procuro nada, nem niguém que possa ser este algo que não tenho.<br />Procuro, sim, em mim, pois sei que é onde está. Poderá estarperdido em algum dos meus poros, ou até estar tão à vista que a obtusidade do meu olhar viciado não o consegue distinguir.<br /><br />Não desespero. Apenas espero e levo cada dia com a calma que deve ser vivido. Rindo quando ttenho vontade disso, ou não. Chorando quando não consigo controlar, mas saíndo mais tranquila de cada momento. Mais alerta para as fragilidades que existem em mim e agradecendo por ainda existirem. Pois assim sei que dentro de mim ainda bate um coração que sente, que se preocupa e se ocupa com os outros, não só comigo.<br /><br /><br /></div>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-69199974071855038962008-10-31T23:55:00.000+00:002008-11-01T13:51:40.028+00:00Desassossego (5)<div align="justify">Tenho estado perdida nos meus pensamentos, analisando a vida: aquilo que quero, aquilo que espero e aquilo que tenho feito para o conseguir alcançar.<br /><br />Já estou nisso há alguns dias e não chego a conclusão nenhuma. Na minha cabeça há um nó que não deixa espaço para nada.<br /><br />Os sentimentos estão à flor da pele, mas não consigo identificá-los, ou não o quero fazer. Não tenho condições para tal. A minha cabeça está demasiado activa. Estou em hipertrofia. Já cheguei ao ponto de me estar a deitar mentalmente exausta e acordar ainda pior, a dor de cabeça está cada vez mais aguda.<br /><br />Preciso fazer qualquer coisa. Preciso ordenar pensamentos. Preciso calar os "Eus" que divergem sem se ouvirem, falando todos ao mesmo tempo. Tenho que os obrigar a falar um de cada vez. Tenho de os obrigar a escutar o que os outros dizem. Tenho que dar coerência ao meu discurso e às minhas atitudes. Tenho que optar, tenho que agir sem medo. E de momento, com toda esta batalha não consigo. Fico paralisada, sem capacidade de resposta, com a luta infernal em que o meu "Eu" Racional e o meu "Eu" Emocional entraram.<br /><br />Papel estúpido e ingrato que os dois estão a desempenhar, numa batalha que não tem sentido e que só me afunda mais no estado de burrice emocional em que me encontro. Não sei o que quero. Melhor dizendo, sei o que quero, mas o que quero é algo sem pés nem cabeça.<br /><br />Quero recomeçar a minha vida, mas não quero sair do ninho de conforto em que estou. O equilíbrio em que me encontro é me bastante útil, conheço-o, sei como lidar com ele, sei como estar nele e voltar para ele em qualquer situação com que me depare.<br /><br />Mas recomeçar requer ir por caminhos que não conheço, requer estar em situações que não domino, requer andar em equilíbrio sobre a corda sem rede por baixo, requer abrir-me aos outros, requer demonstrar sentimentos que me habituei a guardar, requer estar exposta aos outros, mostrando como realmente sou (fragilidades incluídas).<br /><br />Será que consigo entrar nesse caminho em que, para além de confiar em mim, tenho de confiar nos outros?<br><br><br></div>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-12547041759497296862008-10-21T16:59:00.003+01:002008-10-21T17:18:22.617+01:00Devaneios (6)<div align="justify">Às vezes pergunto-me porque perdemos hábitos saudáveis. Hábitos que nos libertam e nos fazem desligar do que nos rodeia. Hábitos que nos fazem conhecer melhor a nós mesmos. Pequenos hábitos, pequenos gestos. Algo que achamos que nos acompanhará para toda a vida.<br /><br />Não percebo porque deixei para trás tantos pequenos hábitos. Larguei a escrita, larguei as longas caminhadas pela cidade, largeuei as tardes na esplanada acompanhada por um bom livro e uma boa música, larguei as idas compulsivas ao cinema para ver o filme que stá prestes a começar, larguei a dança.<br /><br />O único hábito que mantive, foi a forma sitemática de largar: o constante adiar, sempre para mais logo ou para amanhã, os velhos hábitos que criei. Enredo-me em todos estes conceitos abstractos, pois sei que têm a capacidade de nunca vir.<br /><br />O meu quarto é o reflexo exacto do meu adiar, é o reflexo exacto do estado actual em que me encontro: desordem, indecisão.<br /><br />Uma vez mais ando perdida no rumo a dar à minha vida. Uma vez mais, sinto a rotina a querer abalar-me. Ando preocupada com tantas coisas que não consigo definir que rumo tomar. Noite após noite sinto que me roubam um pouco do meu sono. Vão gastando as minhas energias e degastando a minha autonomia.<br /><br />Estou a chegar àquela fase que de tanto pensar e de tanto me ouvir, acabo por não ter tempo para agir. Não estou no meu timing, não encontro o meu timing, não consigo defini-lo e muito menos reconhecê-lo.<br /><br />Preciso de um novo equilíbrio, preciso de me reencontrar com o meu caminho.<br /><br /><br /></div>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-60893650233970774182008-10-12T22:17:00.000+01:002008-10-12T22:22:05.969+01:00Manhãs<div align="justify">São cinco da manhã, a quietude que me rodeia contrasta com o turbilhão ensurdecedor das preocupações que me ocupam a cabeça e me pesam os pensamentos. Quero descansar. Preciso disso, para me sentir calma e tranquila, mas não consigo.<br /><br />Os lençóis já me pesam, o calor do meu corpo nu sobre a cama é mais intenso e insuportável do que o silêncio da casa, do que o silêncio do prédio e do que o próprio silêncio da rua, que ainda dormem, esperando o raiar do novo dia. Não consigo encontrar uma posição confortável para estar. Já dei voltas e mais voltas pela cama, mas nada me conforta.<br /><br />O tecto branco, que no escuro da noite, me parece sempre carregado de sombras e fantasmas, deixa-me ainda mais intranquila. Faz com que as sombras que encobrem a minha vida e os fantasmas do meu passado, persistam em invadir a minha mente.<br /><br />Já me tapei e destapei mil vezes, os lençóis estão tão engelhados no meu corpo que o sinto presa. O calor parece continuar a aumentar, ou a preocupação e a minha inquietação fazem com que eu sinta isso.<br /><br />As horas avançam muito lentamente. A noite parece não querer passar. O meu sono vem e vai, incansável. Tanto como os pensamentos e os medos que não deixam a minha cabeça sossegar e o meu corpo repousar.<br /><br />O Verão está quente, ainda só se vislumbram umas nesgas de claridade que anunciam o chegar da manhã, mas parece que estamos em pleno calor do meio-dia.<br /><br />São 7 horas, quando, finalmente, é quebrado o silêncio da casa. No quarto ao lado do meu, o António vai, cautelosamente, quebrando esta imposição nocturna.<br /><br />O seu despertador toca e ele tenta sempre desligá-lo ao primeiro toque, fazendo o possível para não incomodar o meu sono. Quase sempre é em vão, não por descuido dele, mas sim por as minhas noites virem quase sempre acompanhadas pela insónia.<br /><br />Fico feliz quando, do meu quarto, oiço o silêncio da casa partir com o despertar do António. O suave abrir e fechar da porta do quarto, a passada arrastada dos chinelos pelo chão, em tacos de madeira envernizada, quando se encaminha para a casa-de-banho, o respingar da água do chuveiro, durante o seu duche rápido. Estes são alguns dos seus pequenos hábitos diários que assinalam o começo de um novo dia.<br /><br />A noite já passou, transmitem as ondas do meu cérebro aos meus fantasmas e sombras que, depois de receberem esta informação, desaparecem como se nunca tivessem estado comigo. É mais um dos momentos que me dá prazer.<br /><br />O António prossegue a sua rotina diária. Agora oiço, ao longe, na cozinha o tilintar da chávena de café no pires, o despertar do motor do frigorífico, quando o abre, para tirar o leite que junta ao café quente. Sinto o aroma inconfundível do pão acabado de torrar e do café acabado de tirar.<br /><br />Por breves minutos, volta a reinar o silêncio, que é novamente quebrado quando o António regressa ao quarto, volta a abrir e fechar a porta e começa a vestir-se para ir trabalhar. Um novo aroma invade a casa. O seu perfume.<br /><br />Volta a abrir e fechar a porta do quarto e caminha para a sala, agora numa toada mais rápida e barulhenta, causada pela sola de couro dos sapatos que usa.Lá, remexe nos móveis à procura da carteira, das chaves de casa e do carro e dos documentos. Embora os coloque todos os dias no mesmo local, vagueia por alguns instantes por esta divisão da casa. não sei o que motiva este seu comportamento. Eu equiparo-o a um buscar de energias que lhe preparam, física e psicologicamente, para enfrentar mais um dia de trabalho.<br /><br />O derradeiro ruído que faz é a sair de casa. Destranca a porta da rua, abre-a, sai e fecha-a. O silêncio volta à casa, em pouco mais de uma hora. Depois das 8h15, já não há vestígios do António em casa.<br /><br />Eu continuo na cama a tentar ganhar coragem para me levantar.</div><br><br><br>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-91638922129551178152008-10-08T10:10:00.001+01:002008-10-08T10:36:10.571+01:00Devaneios (5)<div align="justify">O pior grito, a pior necessidade e o pior silêncio, são aqueles que são mudos e nos ensurdecem por não serem entendidos, explicados e ouvidos.<br /><br />As mudanças têm destas coisas.<br /><br />Há alturas em que as entendemos e aceitamos, outras em que entendemos mas não aceitamos, outras em que não entendemos e aceitamos e ainda outras em que não entendemos e não aceitamos.<br /><br />Tudo porque não reconhecemos o reflexo que o espelho nos dá, não o identificamos como nosso.<br /><br />O que fazer? Esperar por um novo dia e quando este dia chegar perceber que já não nos incomodamos com o que fomos, com o que somos e nem com o que seremos.<br /><br /><br /></div>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-76025550831344275102008-10-08T00:01:00.007+01:002008-10-08T00:08:10.658+01:00Pontos de Vista<div align="justify">- Dependência e posse andam de mãos dadas.<br /><br /><span style="color:#cc66cc;"><span style="color:#cc0000;">-Sim, para haver quem dependa, tem que haver quem possua. Ou para haver quem possua, tem que haver quem se deixe possuir.</span><br /></span><br />- Exactamente! E às vezes o sentimento de posse vem de quem depende. E acaba por depender, também esse, de alguém que depende dele...<br /><br /><span style="color:#cc66cc;"><span style="color:#cc0000;">- Há quem abdique do que realmente é para se transformar naquilo que o outro quer, deixando-se engolir pelo outro. Acho que se acaba por ir parar à velha questão da falta de amor próprio e de auto-estima. Não acreditar que se tem mais-valias como qualquer outra pessoa e que se é importante.</span><br /></span><br />- Já me aconteceu... A dada altura ía sendo engolida... Saí a tempo... Mas ficaram marcas.<br /><br /><span style="color:#cc66cc;"><span style="color:#cc0000;">- Pois, ficam sempre. Principalmente quando levamos toda a nossa vida a lutar para que isso não aconteça.</span><br /></span><br />- Mas passam, porque eu sou facilmente reciclável em relação aos maus momentos.<br /><br /><span style="color:#cc0000;">- Isso é bom. Gostava de ter esta capacidade um bocadinho mais apurada.<br /></span><br />- Sabes?... Eu sofro muito, descabelo-me, choro torrencialmente, custo a esquecer, mas ultrapasso. Impeço que o sofrimento me castre os sonhos e a vontade de amar e ser amada.<br /><br /><span style="color:#cc0000;">- Pois. Eu chorava, agora não choro. Eu esquecia, agora não deixo o sofrimento chegar. E deixei que o medo de sofrer e de ser rejeitada me castrasse os sonhos e a vontade de amar e me deixar ser amada.<br /></span><br />- Pois, eu cá acho que as pessoas devem deixar que o sofrimento lhes aconteça. Quanto mais não seja fá-las crescer e depois é olhar para a vida pensando no lado positivo de cada momento menos bom.<br /><br /><span style="color:#ffccff;"><span style="color:#cc0000;">- Deve ser isso...</span><br /></span><br />- Mas tu não deixas que eu sei.<br /><br /><span style="color:#cc66cc;"><span style="color:#cc0000;">- Pois...</span><br /></span><br />- Deixa só um bocadinho...<br /><br /><span style="color:#cc66cc;"><span style="color:#cc0000;">- Não consigo, não sei como se faz.</span><br /></span><br />- Respira fundo... Ventila... Deixa correr e sente... Se chorares não faz mal, porque o meu ombro estará sempre aqui e sozinha nunca estarás. Se sorrires será lindo e eu estarei cá na mesma para me sentir feliz por ti.<br /><br /><span style="color:#cc66cc;"><span style="color:#cc0000;">- Parece simples. Mas tenho uma cabeça que está constantemente a sabotar-me.</span><br /></span><br />- E é. Esquece a cabeça.<br /><br /><span style="color:#cc66cc;"><span style="color:#cc0000;">- Mais uma coisa que não sei fazer.</span><br /></span><br />- Sabes, sabes... Não penses, sente.<br /><br /><span style="color:#ffccff;"><span style="color:#cc0000;">- Aprendi a controlar e não deixar sair o que vai dentro do coração, que muitos acham que eu não tenho, e agora dá nisso.</span><br /></span><br />- Eu cá sou das que acreditam que tens o coração escondido. Só isso.<br /><br /><span style="color:#cc66cc;"><span style="color:#cc0000;">- Para além disso, não sei se os outros merecem aquilo que tenho para dar. E, acima de tudo, se eu mereço o que os outros têm para me dar.</span><br /></span><br />- Se não merecem acabamos por sofrer mas também acabamos por ser mais astutas na identificação de cabrões.<br /><br /><span style="color:#cc0000;">- Achas que passamos a identificá-los melhor? Eu não sei.<br /></span><br />- Acho que sim. Sem dúvida absolutamente nenhuma. Além de que conseguimos perceber se a outra pessoa está no mesmo comprimento de onda que nós. Se não está (seja qual for o motivo) é sair fora.<br /><br /><span style="color:#ffccff;"><span style="color:#cc0000;">- Acho que chega uma fase em que deixamos de acreditar na nossa capacidade de avaliar o carácter dos outros. E isso leva-nos ao descalabro total. Já que em tudo o que os outros dizem procuramos segundas intenções. Ouvimos aquilo que dizem, filtramos, filtramos, filtramos e no final nada passa. Achamos que tudo não passa de mentiras.</span><br /></span><br />- Esquece as segundas intenções, mas interpreta a comunicação entre linhas (que podem não ter segundas intenções). É uma questão de: ou agir fria e descontraidamente; ou agir observando, interpretando, conhecendo... Mas igualmente sem medos, nem reservas. Qualquer coisa que faça soar o alarme é agir em conformidade com o desaforo. Sim porque somos boazinhas até ao momento em que nos pisam os calos ou se esticam...<br /><br /><span style="color:#cc66cc;"><span style="color:#cc0000;">- Acho que passei a ter mais medo de mim do que dos outros. Muitas vezes parece que acabo por magoar os outros para não ser magoada, que acabo por usar os outros para não ser usada.</span><br /></span><br />- Pois, eu sei e sinto isso mesmo em ti... Mas vai passar.<br /><br /><span style="color:#cc0000;">- Já tive mais esperença nisso.</span><br /><br />- Nem uma coisa, nem outra é boa... Vai mudar... Se eu digo é porque vai.<br /><br /><br /></div>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-42313084978529014242008-09-23T00:13:00.004+01:002008-11-13T00:19:48.132+00:00Li Num Livro... E Gostei (2)<div align="justify"><strong>"Provavelmente há palavras melhores para definir a nossa relação mas, uma vez que não é obrigatório defini-la melhor, contento-me com estas e com pensar em nós dois por aquilo que realmente somos, muito antes e para além de qualquer definição: duas partes de um todo.<br /><br />É precisamente este sentido de pertença comum, sem haver sequer a necessidade de especificar a coisa, que de vez em quando escorre pelas brechas do mundo e nos recorda que somos irmãos, que sempre o fomos e que o sermos irmãos é um estado mental poderosíssimo."<br /><br /><br /></strong></div><div align="right"><span style="color:#cc0000;"><span style="font-size:85%;"><strong>(Sandro Veronesi,</strong> <em>Caos Calmo</em><strong>)</strong><br /><br /></span></span></div>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-34312080302741701402008-09-14T23:56:00.000+01:002008-09-15T00:18:38.936+01:00Devaneios (4)<div align="justify">Apetece-me gritar, apetece-me fugir, apetece-me ter alguém que possa simplesmente abraçar e que retribua o meu abraço sem qualquer tipo de perguntas. Quero ficar assim, até não ter mais forças nos braços e cair para o lado de cansaço.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Quero adormecer sem nada me pesar na consciência. Quero arriscar fazer isso, mas o medo (mais uma vez o estúpido do medo) não me deixa agir. Não quero dar parte de fraca, mas é isso mesmo que estou a ser e sou porque não faço o que quero.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Não estou em condições de estar sozinha, preciso da atenção dos amigos para conseguir dispersar esta nuvem negra que insiste em permanecer sobre a minha cabeça. Estou cada vez mais isolada e cada vez mais carente, mas também não consigo deixar ninguém aproximar-se o suficiente de mim para combater a minha solidão.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Estou sem paciência para mim. De momento não me consigo identificar com a imagem que o espelho reflecte e quando faço uma viagem ao interior do que vejo tudo ainda se complica mais. Quero ver mudanças na minha vida. Quero ter a minha cabeça um bocadinho mais ordenada e descansada para o meu corpo também ter o mesmo.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">De quando em vez dou-me conta de que estou a representar para os outros, para lhes transmitir uma imagem de bem-estar geral, e quando isso acontece parece que a minha mente se liberta do meu corpo e põe-se a assistir a todo este degradante espectáculo da primeira fila da plateia.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Esta sensação é estranha. Sinto perfeitamente que estou a construir mentiras atrás de mentiras para mostrar alguém que não sou.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Chego ao fim do dia exausta e a noite não é nada reconfortante, porque só serve para me auto-reprimir por estar a agir mal perante os outros e, pior ainda, perante mim.</div><br><br><br>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-64871690643382418422008-09-06T23:49:00.004+01:002008-09-07T00:17:00.964+01:00Devaneios (3)<div align="justify">Os dias passam.<br /><br />A tormenta vai dando lugar à calma.<br /><br />Procuro aquilo que fui, e só encontro aquilo que sou. Prevejo aquilo que vou ser, mas cada vez mais me apercebo que tudo não é mais do que um exercío teimoso da, ou mesmo para a imaginação.<br /><br />Sorrio... Porque o tempo passa e aquilo que ontem fui e aquilo que hoje sou, pouco ou nada, tem a ver com aquilo que sonhei vir a ser.<br /><br />Hoje, sinto o peso que o passado tem naquilo que sou, mas compreendo que não é dramático e muito menos catrastófico. Se não fosse aquilo que sou hoje o que seria? Não sei. Afirmo, negativamente, sem medo. Pois sei que o passado não volta e o futuro é algo de, ou é de todo, incerto.<br /><br />Os dias passam, transformam-me e eu reinvento-me, aproveitando aquilo que fui e aquilo que sou para construir os marcos daquilo que, talvez, serei...<br /><br />E, uma vez mais, sorrio...<br /><br /></div>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-61653907169977242032008-08-07T15:02:00.004+01:002008-09-07T00:16:12.048+01:00Do Sentir (Após o Sofrimento)<div align="justify">Muitas vezes fico triste com as minhas reacções, muitas vezes fico triste com a minha falta de sentimento e muitas vezes fico triste por não querer fazer nada contra isso.<br /><br />Às vezes tenho vontade de gritar ao mundo, bem alto, que a culpa de tudo isso não é minha, é da pessoa que pela primeira vez amei e que tanto me fez sofrer.<br /><br />Às vezes tenho vontande de me esconder de tanta vergonha por ter amado quem não me amou e ter sofrido por isso.<br /><br />Outras tantas vezes tenho pena de não te ter conhecido antes de tudo isso, pois sei que antes tinha muito mais para te dar do que aquilo que agora consigo. Sofro com medo de te fazer sofrer e choro com medo de te ver chorar.<br /><br />Às vezes acho que não mereço um pessoa assim, que não mereço tanto amor assim. Quero tê-lo e senti-lo mas não sei como retribuir em igual dose. Preciso de ser amada, preciso de me sentir amada e sinto-o. Mas não sei o que fazer com tanto amor, não sei como me dar ao teu amor, não sei como voltar a sentir assim tanto amor.<br /><br />Porquê que a vida nos mostra o amor impossível e nos faz sofrer tanto?<br /><br />Porquê que a vida não nos mostra simplesmente o amor? O sentimento belo e forte que ele é. Que nos alimenta a cada instante de convívio e nos consome a cada instante de distância.<br /><br />Porquê que a vida nos apresenta novas possibilidades de amor, se não nos deixa esquecer a dor do amor impossível, se nos obriga a criar barreiras para evitar uma nova dor?<br /><br />Porquê que a vida não nos deixa viver cada novo amor como o primeiro amor? Sem medo de nos darmos, sem medo de sofrermos, sem resistências nem abalos.<br /><br />Era só isso que eu queria para conseguir viver uma grande história de amor e poder dar sem medo todo o meu sentimento.</div><br><br><br>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com20tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-84523468812919012162008-08-06T23:30:00.000+01:002008-08-07T15:01:13.546+01:00Preciso e Quero. Será Que Consigo?<div align="justify">Estou a precisar de me tornar independente, estou a precisar de crescer e procurar o equilíbrio físico e emocional que está perdido há mais de 1 ano.<br /><br />Não quero com isto dizer que estou perdida e que não sei com o que contar, mas acho que está a faltar qualquer coisa no meu interior que me complete.<br /><br />Mudei muito no último ano e muito depressa e, não sei porquê, não gosto muito da pessoa em que me estou a transformar. Aliás, acho que ainda não me habituei a ela. Tem pouco a ver com a pessoa que eu era.<br /><br />Numa palavra cresci. Cresci para a vida, cresci para o amor e cresci para a dor. E foi o amor e a dor que o próprio amor me causou que me fez crescer, que transformou a menina alegre e despreocupada, que eu encontrava todas as manhãs no espelho, na mulher um pouco amargurada e ponderada, que agora teima aparecer todas as manhãs diante do mesmo espelho. Cada dia reparo que a mulher está cada vez mais a apagar a imagem da menina que eu era.<br /><br />Dizem-me que isto é viver, que isto é crescer, mas eu não quero que as coisas sejam assim. Quero ter mais responsabilidades só que não quero perder a minha ingenuidade. Quero crescer, mas não quero perder a alegria de criança. Quero tudo isso, mas cada dia que passa torna-se mais e mais difícil manter-me intacta e pura às adversidades da vida.<br /><br />Sinto-me envelhecer e eu não quero. <em>'NÃO QUERO, NÃO QUERO, NÃO QUERO'</em>. Grito em pensamento, recordando-me que há uns anos havia lugar para birra, cruzar de braços e amuo por largas horas após gritar a plenos pulmões a mesma frase. Mas não quero envelhecer porque tenho medo de morrer. Tenho medo de morrer e de não ter conseguido fazer algo de notável que faça com que os outros não mais se lembrem de mim quando desaparecer desta vida.<br /><br />Quero viver eternamente. Não na eternidade da minha vida e do meu tempo, mas na eternidade da humanidade. Quero este impossível como quase tudo o que sempre quis na vida: sonhei o impossível, amei o impossível, mas não consigo viver o impossível.<br /><br />Há qualquer coisa em mim que é mais forte e não me deixa seguir livremente o curso da minha vida. Quero que ela se torne verde, mas não consigo sair do azul. Também não me esforço para mudar, parece que espero que as coisas mudem e aconteçam sozinhas.<br /><br />Esqueço-me que só é assim quando queremos muito e fazemos muito para que as coisas aconteçam, não sozinhas, mas naturalmente. Temos de ser nós a fazer com que as coisas aconteçam naturalmente. Temos de criar as condições, temos de lhes indicar o caminho, criando a estrutura para que se possam desenvolver de acordo com aquilo que mais queremos.<br /><br />Passo a vida a dizer isso, mas quando chega o momento de agir, de estruturar as coisas, todos os meus planos vão pelo ar. Desaparecem como um nuvem desaparece depois de chover. Mas em vez de tornar o ar mais limpo torna-o mais torpe, mais sufocante.<br /><br />Sufocada é como eu me sinto quando não consigo reagir de acordo com o que penso e quero.<br /><br /><br /></div>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-80940929447923571422008-08-01T13:39:00.000+01:002008-08-07T14:57:15.549+01:00Da Escrita<div align="justify">Há muito tempo que não escrevo. Será que perdi a inspiração para a escrita?<br /><br />Tenho muito sobre o que escrever, tenho muitos sentimentos a fervilharem dentro de mim, mas não consigo escrever sobre eles. Não consigo passar para o papel tudo aquilo que estou a sentir. Será que é por serem sentimentos muito contraditórios?<br /><br />Será que é por ainda não ter conseguido distingui-los uns dos outros?<br /><br />Não sei, não consigo ainda perceber o porquê desta minha dificuldade extrema para escrever. Parece que surgiu uma nuvem sobre a minha mente que bloqueou toda a energia que me leva a escrever.<br /><br />Tenho tido uns dias calmos no trabalho, sem nada ou quase nada para fazer. De momento estou lá sozinha, ou seja, tenho o ambiente ideal para desenvolver os meus pensamentos e a minha escrita. Mas sempre que pego no papel e na caneta não acontece nada. Escrevo coisas sem sentido, sem qualquer interesse, começo a divagar sobre tudo e mais alguma coisa e este tudo resume-se a nada. A nada de interessante. Logo que escrevo dois ou três parágrafos e volto a lê-los perco de imediato a vontade de continuar a escrever. Não gosto do que leio, não gosto do que escrevo e isto está a levar-me a dar em doida.<br /><br />Como é possível de um momento para o outro, sem qualquer explicação lógica e plausível eu ter deixado de conseguir escrever?<br /><br />Penso nisso muito e muitas vezes ao dia e não consigo arranjar nenhuma resposta. Parece que estou a oprimir os meus pensamentos, as minhas ideias e os meus sentimentos. Acho que todos eles se encontram bloqueados. Sinto-me estranha, sinto-me triste quando estou alegre e sinto-me alegre quando estou triste. é tudo muito confuso. Não me consigo compreender e isto ainda torna as coisas mais dolorosas.<br /><br />Também não tenho conseguido abstrair-me das coisas e das pessoas em meu redor e o pior é que nem umas e nem outras são assim tantas que possam fazer com que eu ande constantemente desconcentrada e distraída.<br /><br />Está a faltar-me qualquer coisa. Não estou a conseguir encontrar o elo que está danificado, para ver se tem conserto ou se está definitivamente quebrado.<br /><br />Sinto que estou a precisar de mudar alguma coisa na minha vida. Tenho de a tornar mais activa para eu mesma me sentir assim.<br /><br />Não sei se é da época do ano, pois não me lembro se em outros anos também me senti assim. Mas acho que não. Acho que está mesmo a chegar o momento de dar um volta de 180 graus. De seguir novos rumos, encontrar novos destinos e viver novos sentimentos. Falta um pouco de intensidade, falta um pouco de surpresa e falta um pouco de motivação.<br /><br />Preciso de novidades. Acho que o que me faz mais falta é sentir-me viva.<br /><br />Estou confusa em relação aos meus sentimentos. Não sei se quero continuar assim como estou ou se tudo o que eu quero é estar sozinha. Sem responsabilidades e sem satisfações a dar a ninguém. Estou a precisar de um tempo só para mim. Estou a precisar de um espaço só meu.<br /><br />Tenho muitas decisões a tomar e preciso de coragem para as resolver.</div><br><br><br>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-46997287175251979312008-05-01T12:38:00.001+01:002008-11-13T00:18:57.897+00:00Li Num Livro... E Gostei<div align="justify"><strong>«A paixão assusta-me tanto quanto me fascina.(...) Estar apaixonado é sentir-se inseguro, é andar na corda sem rede. É sentir falta de ar quando estamos longe e falta de chão para pisar.<br /><br />Nunca vivi dias tão fugazes como os da paixão.<br /><br />(...) Quando se está apaixonado (...) perde-se a noção exacta do tempo. O controlo da situação. O fôlego. A razão.<br /><br />Muitos não se apaixonam porque têm medo de sofrer. Não chegam a saborear para não amargurar. Sofrer também é um caminho, é a aprendizagem dos bons momentos, dos sorrisos, do fervilhar que nos enche a alma.(...)<br /><br />Somos leves e grandes quando estamos apaixonados.(...) Sorrindo mesmo quando não há razão para tal. Deixando-nos levar pela simplicidade de um olhar, de um abraço, de um carinho. Porque quase tudo é perfeito.<br /><br />A paixão irrompe pela nossa vontade, pelos nossos sentidos, pelos nossos sonhos. (...) Dá-nos asas e leva-nos longe dentro de nós próprios. Mesmo sem percebermos, sem sequer querermos perceber.<br /><br />Já me deixei levar pela paixão ou pelo que julgava ser paixão. Porque é tão ténue, tão facilmente ultrapassável, na paixão, a linha que separa a verdade da mentira. (...)<br /><br />Ninguém precisa de dizer que está a paixonado. a paixão está no brilho do olhar, na ansiedade e no desejo que se tenta controlar a cada momento. Porque não se escolhe ficar apaixonado. A paixão acontece, como acontecem os acidentes, sem querer. É um acidente de percurso com final feliz, sem mazelas nem marcas. Apesar de lhe sabermos um fim, é perfeita por ter sido, por ter acontecido.<br /><br />A paixão tem muito medo de não voltar quando se vai embora, e nós temos medo de viver sem ela.»</strong></div><p align="right"><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="color:#cc0000;"><strong>(Rita Matos,</strong> </span><span style="color:#cc0000;"><em>Amar Demais</em><strong>)</strong></span></span><br /><br /><br /></p>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-47735544973573745372008-04-23T00:04:00.000+01:002008-04-23T00:04:37.985+01:00Desassossego... (4)<div align="justify">A minha vida, de momento, resume-se a falta de vontade.<br /><br />Falta de vontade para arriscar em qualquer campo. O profissional, o sentimental e o familiar.<br /><br />Acho que me transformei numa atrasada emocional. Não entendo os meus sentimentos, nem me esforço por isso, e muito menos entendo ou quero entender os sentimentos dos outros.<br /><br />Aborrece-me falar de mim e ouvir falar dos outros. Tudo passou para um plano secundário e em primeiro plano existe somente um vazio.<br /><br />Vazio de sentimentos. Vazio de desejos e emoções. Vazio de ideias. Vazio de motivações e ideais. Vazio de sonhos.<br /><br />Sinto-me tão sozinha no vazio da minha casa, quanto num recinto repleto de gente.<br /><br />Não consigo concentrar-me em nada, nem interessar-me por nada.<br /><br />Mesmo sentindo o interesse das pessoas em mim, eu não me esforço para estimular e alimentar esse interesse. Desconverso ou, simplesmente, não converso. A minha comunicação resume-se ao mínimo indispensável.<br /><br /><br /><br /></div>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7568733617479237109.post-38634223840945742482008-04-22T23:15:00.004+01:002008-04-22T23:30:18.396+01:00Desassossego... (3)<div align="justify">Hoje, percebi que a saudade que senti não é nada mais do que fruto da minha solidão e do pequeno grande hábito criado nos últimos meses de poder contar com a tua companhia.<br /><br />É só isso.<br /><br /><br /><br /></div>Surpresahttp://www.blogger.com/profile/16245630152976295590noreply@blogger.com0